Entre teorias e bytes


Link para pesquisa on-line (em português)

Posted in Eu recomendo by fabiohp on May 4, 2006

Para quem tiver tempo e disposição para colaborar com uma pesquisa acadêmica, aproveitem para responder o questionário disponibilizado on-line sobre responsabilidade social nas empresas. O endereço é: http://www.freenet.hostia.com.br/andreia

Textos de Michel Foucault em Português (disponíveis on-line)

Posted in Eu recomendo by fabiohp on May 3, 2006

Para quem se interessa pelos trabalhos dele, vale à pena daru ma olhada: 

http://www.unb.br/fe/tef/filoesco/foucault/biblio.html

Martins vs. Mainardi

Posted in Théories / Débats by fabiohp on May 2, 2006

O assunto deve estar meio caduco (ao menos pelos padrões jornalísticos). Mas acho que ainda cabe um comentário de pesquisador exilado. O fato é que a resposta do Franklin Martins à crônica do Diogo Mainardi (publicado no Comunique-se e republicado no Midia&Politica) mostra como o discurso de legitimação dos jornalistas enquanto categoria profissional mistura, em doses iguais, ética e corporativismo. Fora a bravata e o desafio lançados pelo comentarista da Globo (bem merecidos, por sinal), o que se desprende do artigo é o seguinte argumento:

 “A ausência de caráter do Mainardi evidencia a falta de formação e de compromisso com a profissão de jornalista” Ou ainda, num português mais direto, “se ele fosse jornalista – um verdadeiro jornalista – não estaria publicando essas asneiras”.

Não quero entrar aqui no debate sobre a obrigatoriedade do diploma (que defendo), mas me parece interessante refletir sobre o estatuto do jornalismo como uma categoria em que o estatuto profissional se associa diretamente ao bom exercício da profissão. Quer dizer: para alguns, só existe o bom jornalismo e o não-jornalismo. Os maus profissionais são vistos como um universo à parte, algo que é visto de forma tangencial. Isso fica evidente na facilidade com que são mobilizados argumentos em torno do “verdadeiro jornalismo” para criticar desafetos na profissão.  Ou como tentamos justificar os deslizes da profissão à partir de um eterno discurso de crise, como se algumas praticas não remontasse à origem do jornalismo (eu sei, estou devendo um artigo sobre isso). Enfim, acho o Mainardi, um sujeito de quinta, péssimo escritor, péssimo ensaísta, péssimo jornalista, uma das 825 razoes para que eu não assine a revista Veja. Mas uma pergunta me inquieta: “Como responderia o Franklin Martins se o difamador fosse um jornalista formado, com registro profissional e devidamente contratado como repórter pelo grupo Abril?”

Encontros sobre blogs em Portugal

Posted in Agenda by fabiohp on May 2, 2006

Embora não os blogs não sejam objeto de pesquisa, achei que talvez fosse interessante divulga-lo.

3º Encontro Nacional sobre Weblogs – 1º Encontro Luso-Galaico sobre
Weblogs

Universidade do Porto, 13 e 14 de Outubro de 2006

2ª Chamada às Comunicações

O 3º Encontro Nacional sobre Weblogs e 1º Encontro Luso-Galaico sobre
Weblogs procura juntar investigadores, utilizadores e interessados em
weblogs em Portugal e na Galiza. Este encontro tem como principal
objectivo contribuir para a exploração deste tema e fomentar o
desenvolvimento de uma comunidade de reflexão e investigação
transdisciplinar nesta área.

Procuramos comunicações relativas a trabalhos de investigação ou
aplicações práticas sobre os seguintes tópicos:

Impacto social dos weblogs.
Weblogs como forma de comunicação.
Ferramentas sociais ou colaborativas no contexto dos weblogs.
Aplicações práticas de weblogs (ensino, organizações, investigação).
Weblogs em Portugal e na Galiza (estudos, inquéritos, casos práticos,
serviços).
Tecnologias e conceitos emergentes (RSS, Podcast, Vblogs, Web2.0 ).
Outros tópicos.

Todas as propostas serão avaliadas pela Comissão Científica com base
na originalidade, relevância, qualidade técnica, estilo e clareza de
apresentação. Após esta avaliação, será solicitado aos autores o envio
da versão final, revista de acordo com os comentários dos revisores,
para publicação nas actas da conferência.

As actas serão editadas em CD-ROM e disponibilizadas a todos os
participantes no encontro.

Todas as comunicações aceites serão publicadas numa edição especial da
revista online Prisma.com – http://prisma.cetac.up.pt/

Datas Importantes

Submissão de Resumos Alargados: 15 de Maio
Notificação aos Autores: 1 de Julho
Submissão da Comunicação Final e Inscrição: 1 de Setembro

Submissão

O resumo alargado deve ser enviado, seguindo as normas indicadas em
baixo, para o endereço 3encontro+resumo@icicom.up.pt até ao dia 15 de
Maio. Na mensagem deve ser indicado um endereço de correio electrónico
e/ou número de fax para comunicação com o autor.

Após a notificação, a comunicação final revista deve ser enviada para
o endereço 3encontro+final@icicom.up.pt até ao dia 1 de Setembro. Após
esta data e a inscrição dos autores, as comunicações aceites serão
incluídas no programa do encontro.

Durante o encontro, o apresentador terá um total de 20 minutos para
apresentação do trabalho mais 10 minutos para uma sessão de perguntas
e respostas.

Normas para o Envio de Comunicações

Os textos devem ser enviados em formato PDF (preferencial) ou RTF.
Os textos devem usar o modelo proposto, disponível em formato RTF e
PDF.
O resumo alargado deve ter entre 1000 a 2000 palavras, excluindo
títulos e autores.
A comunicação final não pode ultrapassar as 15 páginas A4. Textos que
ultrapassem este limite serão recusados.
A língua oficial do encontro é o Português, sendo também aceites
comunicações em Galego, Espanhol ou Inglês.

Mais informações em http://www.icicom.up.pt/3encontro

Les intellectuels, un objet que n’existe pas (Part II)

Posted in Théories / Débats by fabiohp on April 28, 2006

Encore sur le même sujet :

« Les intellectuels, en effet, ne se laissent appréhender comme simple groupe social. S’il est possible de relever certaines pratiques communes, par exemple la signature de pétitions ou la participation à des manifestations, en revanche il est moins aisé de discerner une conscience de groupe. Les intellectuels s’expriment, là est d’ailleurs l’une de leurs principales fonctions, mais selon des points de vus et sur sujets dont ils n’ont pas exclusivité » (BRUNET, Manon e LANTHIER, Pierre. L’inscription sociale de l’intellectuel. Quebec: Les Presses de L’Université Laval: 2000, p. 14)
 
D’où c’est possible établir deux conclusions :

1) Sur la difficulté d’établir rapports ou distinctions entre l’intellectuel, l ‘enseignent universitaire et l’expert (les catégories socio professionnels généralement liées à la notion d’intellectuel). Dans quelle mesure, je peux distinguer le sociologue d’un intellectuel, par exemple ? Tous les sociologues sont-ils intellectuels ?  Un intellectuel qui prétend analyser la société peu être considéré un sociologue ? Ces questions me ramènent à abandonner la prétention d’établir relations de cause-conséquence entre le milieu universitaire et le milieu intellectuel.

2) Cette non-exclusivité des sujets abordés par les intellectuels rapproche les intellos d’un groupe de savoirs qui cherchent aussi l’universalité de son discours. Sont-ils : journalisme, art et science.

PS :  J’ai une impression que ces conclusions partielles ne représentent pas des avances concrètes.

Intelectuais, um objeto que não existe (Parte II)

Posted in Théories / Débats by fabiohp on April 28, 2006

Ainda sobre o mesmo assunto:

“Os intelectuais, em efeito, não se deixam apreender como simples grupo social. Se é possível destacar certas práticas comuns, por exemplo a assinatura de petições ou a participação em manifestações, em revanche é menos fácil discernir uma consciência de grupo. Os intelectuais se exprimem, esta é, antes de tudo, uma de suas principais funções, mais segundo pontos de vista e sobre assuntos aos quais eles não possuem exclusividade” (BRUNET, Manon e LANTHIER, Pierre. L’inscription sociale de l’intellectuel. Quebec: Les Presses de L’Université Laval: 2000, p. 14)

De onde é possível tirar duas conclusões:

1) Da dificuldade de se estabelecer relações / distinções entre o intelectual e o professor universitário, o acadêmico ou  o expert (categorias sócio-profissionais normalmente ligadas à noção do intelectual). Em que sentido eu posso dizer que um individuo é sociólogo ou intelectual? Todos os sociólogos são intelectuais? Um intelectual que se propõe a analisar a sociedade é um sociólogo? As indagações me levam a abandonar a pretensão de estabelecer relações causais entre o meio universitário e o intelectual;

2) Essa não exclusividade sobre os assuntos abordados aproxima os intelectuais de um grupo saberes que buscam, de alguma forma, a universalidade do seu discurso. A ver: jornalismo, arte e ciência. Sobre isso, ver “ Segredo da Pirâmide” de Adelmo Genro Filho.

PS: Receio que estas conclusões parciais não representam avanços concretos. 

Aos interessados no estudo do webjornalismo

Posted in Eu recomendo by fabiohp on April 27, 2006

Em Webjornalismo.com é possível encontra artigos sobre o jornalismo on-line publicados em português, inglês, francês e espanhol. Boa opção de publicação e consulta de trabalhos sobre o tema.

Sur le site Webjornalismo.com c'est posible de trouver articles sur le journalisme en ligne publiés en portugais, anglais, français et espagnol. C'est une bonne indication pour la publication et la recherche de travails sur ce sujet.

Os intelectuais : esse objeto existe? (em português)

Posted in Théories / Débats by fabiohp on April 27, 2006

Continuo preocupado em buscar uma definição para os intelectuais:
“Incarnação do exílio, cioso de sua autonomia face aos poderes e do exercício de uma visão crítica, conselheiro do príncipe ou ainda sábio, artista ou filósofo, distante das intervenções públicas para se consagrar unicamente a um campo de competência específica, o intelectual pode definir à partir de uma infinidade de identidades que podem coexistir num mesmo período. A história dos intelectuais não pode, então, se limitar a uma definição a priori do que deve ser o intelectual segundo uma definição normativa. Ela deve ao contrário estar aberta à pluralidade dessas figuras que emergem de declinações diferentes da maneira de jogar sobre o teclado da expressão intelectual”.

Como estudar uma categoria que existe que, mas que não aceita nenhuma definição (normativa, substancialista, funcional)?

Les intellectuels : cet objet existe ? (en français)

Posted in Théories / Débats by fabiohp on April 27, 2006

Je suis toujours concerné en cherhcer une définition pour les intellectuels : « Incarnation de l’exil, soucieux de son autonomie vis-à-vis des pouvoirs et de l’exercice d’un regard critique, conseiller du prince ou encore savant, artiste ou philosophe à l’écart des interventions publiques pour se consacrer uniquement à un champ de compétence spécifique, l’intellectuel peut définir de très nombreuses identités qui peuvent coexister en une même période. L’histoire ne peut donc se limiter à une définition normative. Elle doit au contraire rester ouverte à la pluralité de ces figures qui révèlent toutes déclinaisons différentes de la manière de jouer sur le clavier de l’expression intellectuelle » (DOSSE, François, . La marche des idées. Histoire des intellectuels. Paris : La Découverte, 2003, p. 32).

Comment on va comprendre une catégorie qui existe, mais que n’accepte pas aucune définition (normatif, substantialiste, fonctionnelle, etc) ?

Mots. Les langages du politique – appel à communication (en Français)

Posted in Agenda by fabiohp on April 3, 2006

‘Chrononymes’

publiable en 2008

La revue Mots et Les langages du politique entend publier en 2008 un dossier rassemblant des travaux portant sur la chrononymie. Il s’agit d’opérer une recension des travaux existants, et surtout de diffuser des travaux originaux sur le sujet.
Par chrononyme, nous entendons tout syntagme servant à désigner en propre une période de temps spécifique. Quelques exemples viennent rapidement à l’esprit : les Trente glorieuses, l'Entre-deux-guerres, les Sixties, l'Ère du Meiji, les Années de plomb, le Grand Siècle, la Belle Époque, les Années folles, l'Ère victorienne, le Siècle des Lumières, les Années noires, le Moyen Âge, l’Âge de pierre, la Renaissance, l’Occupation, la Guerre froide. Il s’agit donc d’appellations fonctionnant comme noms propres, et non de dénominations génériques. La création de ces syntagmes suppose deux processus : – le découpage du temps chronique en périodes, plus ou moins précisément et plus ou moins arbitrairement datées – l’installation d’un temps linguistique – en l’occurrence ici, un temps lexical – via leur dénomination. Si ces deux démarches sont indissociables, c’est bien la seconde – celle de la dénomination – qui sera ici privilégiée. C’est d’ailleurs elle qui souffre d’un déficit d’analyse, la première ayant été largement étudiée par l’historiographie. Compte tenu de la thématique de la revue, ce fait de langage qu’est la chrononymie doit être traité dans sa dimension politique, spécifiée ici par des référents conflictuels et des enjeux de domination et de légitimation. En dénommant, ces appellations peuvent suggérer une évaluation, une dénonciation, une étiologie, une anticipation… Elles sont bien plus qu’une dénomination arbitraire. Il convient donc d’interroger :

– les conditions sociales de la création de ces dénominations et de leur succès, ce qu’elles révèlent d’un point de vue tant cognitif que stratégique, leurs usages et les luttes dont elles sont l’enjeu

– leurs modes linguistiques d’élaboration et de fonctionnement en langue et en discours

– les appellations plus ou moins synonymes et plus ou moins concurrentes, leurs traductions dans des langues autres que la langue d’origine

– l’évolution tant de leurs dénotations que de leurs connotations, leurs éventuelles sorties d’usage On pourra s’interroger sur les différences ou similitudes des usages savants, officiels et courants ; sur les appellations inusitées et pourtant pensables (exemples : *l’ère De Gaulle, *les Nineties). Si l’on écarte du champ d’analyse les dénominations d’événements ponctuels dépourvus de durée, il pourra être utile de traiter des appellations d’époques semi-ouvertes (l’Après-11 Septembre, l’Après-guerre).

Modalités de soumission

Les contributions pourront prendre la forme d’articles (maximum 35 000 signes tout compris), de notes de recherche (maximum 10 000 signes tout compris) ou de notes de lecture sélective (maximum 10 000 signes tout compris).Les auteurs pourront soumettre aux trois coordonnateurs, avant le 1er septembre 2006, un avant-projet (3 000 signes maximum tout compris), dont l’acceptation vaudra encouragement mais non pas engagement de publication.Les contributions devront être proposées aux trois coordonnateurs avant le 1er janvier 2007. Conformément aux règles habituelles de la revue, elles seront examinées par les coordinateurs du dossier, puis le cas échéant soumises à l’évaluation doublement anonyme de trois lecteurs français et étrangers de différentes disciplines. Les réponses aux propositions de contributions seront données à leurs auteurs au plus tard en avril 2007.

Les références bibliographiques devront figurer en fin d’article et être mentionnées dans le corps du texte sous la forme : (Machin, 1983).

L’usage des caractères italiques sera réservé aux mots et expressions cités en tant que tels, et les guillemets aux énoncés dûment attribués à un auteur, ou à la glose d’un syntagme.

Coordination du dossier

Paul Bacot (Science politique) paul.bacot@univ-lyon2.fr

Laurent Douzou (Histoire moderne et contemporaine) laurent.douzou@ish-lyon.cnrs.fr

Marie-Anne Paveau (Sciences du langage) marie-anne.paveau@libertysurf.fr

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